Plataforma chega ao mercado com o propósito de aumentar o acesso ao crédito de PMEs que atuam em diversos segmentos
A CashU, plataforma de embedded finance que oferece inteligência de fintech para empoderar empresas com atuação B2B, foi criada para mudar a maneira que essas oferecem serviços de créditos às PMEs. O modelo de negócio garante mais autonomia e assertividade às grandes empresas nessa gestão, de modo que possam atuar como uma financeira. Como consequência desse formato, também ocorre uma democratização do acesso ao crédito por parte das PMEs de diversos segmentos – propósito principal da CashU. Agora, a startup anuncia captação de R$ 6,1 milhões em rodada seed liderada pela ABSeed e com participação dos fundos Caravela, ScaleXOpen e Bertha Capital, além de investidores anjos.
Com o aporte, a expectativa é que a CashU possa aprimorar ainda mais sua tecnologia e expandir sua base de clientes, levando sua expertise para mais negócios. Com isso, deve impactar positivamente milhares de pequenas empresas que, atualmente, não são contempladas pelos modelos de concessão de crédito tradicionais, ao mesmo tempo que empodera grandes empresas, que passam a ter posse dos dados que produzem. Ao adotarem o serviço da startup, abre-se um leque de possibilidades para elas, que varia da concessão de crédito comercial (por meio de prazos de pagamento e limites de crédito maiores), a soluções de Buy Now, Pay Later, Full Protection (seguro de crédito) e até linhas de capital de giro de longo prazo para financiamento de expansão da sua base de clientes PMEs.
A CashU começa com o encontro dos empreendedores em série Thiago Saldanha e Yuri Fonseca, que se cruzaram na Universidade de Columbia. Enquanto Thiago cursava o MBA para aprofundar seus conhecimentos na faculdade que é referência em serviços financeiros, Yuri avançava com seu PhD no departamento que produziu os diretores de data science de algumas das big techs americanas, como Facebook, Amazon e Uber. Para completar, a dupla se uniu a João Torquato, desenvolvedor de software com passagem pelas maiores empresas de tecnologia do Brasil. Juntos, eles passaram a buscar uma solução para algumas dores que permeavam a relação entre grandes empresas e PMEs e que Thiago conhecia bem, graças à sua trajetória no empreendedorismo. “O que eu via era uma constante tensão entre a área comercial de empresas de grande porte, por quererem fechar negócio, e a área de crédito, que acabava sendo muito dependente de informações incompletas compradas de birôs de crédito, demonstrações financeiras pouco confiáveis e da experiência do time para realizar análises, porque contam com poucos recursos para a tomada de decisões. A consequência disso são muitos bons negócios perdidos e pequenas empresas que seriam boas pagadoras impossibilitadas de avançar em suas empreitadas”, resume ele, que ocupa a cadeira de CEO da startup.
Para trazer uma saída a essa questão, o time de tecnologia da CashU desenvolveu um modelo de crédito robusto que, assim como aqueles usados pelas principais fintechs do mundo, é baseado em machine learning e se conecta com os sistemas de gestão de grandes empresas B2B para consumir o histórico de transação e pagamento dos seus clientes PMEs em tempo real. Esses dados são convertidos em algumas centenas de indicadores que resultam em um score muito mais preciso e, segundo estudos, três vezes mais assertivo do que qualquer outra solução disponível no mercado atualmente. A partir do uso do software, os clientes da CashU conseguem não apenas tomar decisões de grande relevância para o negócio por meio dos insights a que têm acesso, mas também atuar de maneira mais proativa, uma vez que recebem recomendações como de aumento ou redução de limite de crédito de forma contínua. O impacto da ferramenta da CashU no negócio varia do aumento da recorrência de um cliente que recebe uma linha de crédito adequada a sua capacidade financeira, à satisfação de clientes cujo limite de crédito passa a ser aprovado ou aumentado de forma compatível com sua capacidade de pagamento.
“Atualmente existe um movimento para que todas as empresas passem por um processo de fintechzação, mas para isso é necessário ir além da inteligência e gestão. Cada negócio guarda suas características e consequentemente tem oportunidades muito específicas. O que a CashU entrega é justamente a compreensão desse cenário através de um processo de venda consultiva e o aproveitamento das oportunidades através de sua tecnologia e metodologia de ativação, gerando resultados mais rápidos e precisos. Acreditamos que a proposta de valor e abordagem da CashU são as mais aderentes aos negócios brasileiros e isso nos dá grande confiança no seu potencial de crescimento”, resume Felipe Coelho, sócio da ABSeed.
Para João Alfredo Andrade Pimentel, investidor fundador do SCALEXOPEN, fundo de investimento venture capital para startups em estágio seed e pré-seed, a ideia, neste momento, é agregar smart money para abrir conexões e ajudar no crescimento do negócio. “Eu enxerguei nesta plataforma de embedded finance um modelo de negócio escalável, que, por meio de seu propósito de aumentar o acesso ao crédito às PMEs, nos dá uma grande confiança de seu potencial de crescimento, uma vez que chega ao mercado oferecendo mais autonomia e assertividade às empresas, o que nos leva a acreditar que pode ter uma grande aderência no segmento ao qual atua”, diz Pimentel. Vale lembrar que os investimentos do SCALEXOPEN partem de uma média de R$ 500 mil e podem chegar a R$ 5 milhões.
Além dos fundadores, a CashU conta com nomes de grande reconhecimento no mercado no quadro societário, como Lucas Dornellas, que até então comandava o marketing da conta digital da gigante Dotz; Natália Alexandria, que já esteve à frente da área comercial da Blu365 e da multinacional Intrum no Brasil, e agrega experiência e profundo conhecimento estratégico sobre segmento de fintechs; e Lucio Rosa, PhD que tem no currículo passagem pela Michelin, na França, e comanda a área de Machine Learning Ops da CashU.